sexta-feira, 28 de agosto de 2009

.eu, você e todos nós.

É pra lá que eu vou. Eu, você e todos nós. É assim que sou, eu, você e todos nós? Anjos estancados, trapos voadores, corpos sem rostos, todos iguais. Brancos e pretos, asas coladas que, todos os dias, arrancamos, pouco a pouco, e seremos depenados, almas penadas, desalmados, nus. Cairemos,

Sob nuvens, fora das cores, sob dores e amores. Caímos com a chuva, nos molhamos com lágrimas de dor dos céus, minhas dores em tons de cinza. E as asas, como dedos, tocarão os para-quedas, paremos quebras, continuemos iguais. Estancados,

Empalados, doloridos, caídos, avoados, voando. Sem olhar para trás, sem olhar para frente, pois rostos tortos temos, duas faces de cabelos, duas faces cegas, já que olhos não tememos. Medo,

De mim, de você, de todos nós.

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